Saúde Oral

A Placa Bacteriana, também designada por biofilme, é o resultado da acumulação de bactérias da flora microbiótica oral sobre a superfície dos dentes, sendo o factor determinante para que ocorra cárie. As bactérias produzem ácidos que resultam da fermentação de alimentos com elevado teor de hidratos de carbono e açúcares, destruindo o esmalte dentário e provocando o que se designa por cárie dentária. A cárie deve ser tratada assim que detectada, de modo a que um tratamento de técnicas muito simples e indolores seja possível.

Fase inicial

Na sua fase inicial, a cárie é apenas detectada por uma ligeira destruição do esmalte dentário, não se verificando a existência de dor. Nesta fase, a cárie apenas pode ser detectada por um dentista.

Fase avançada (cárie dentária)

Numa cárie profunda, existe a destruição do esmalte e da dentinam formando-se uma cavidade no dente. Nesta fase pode existir dor no contacto com elementos frios ou quentes.

Numa cárie em estado muito avançado, vasos e nervos são atingidos, a destruição do dente atinge a polpa, existe dor dando muitas vezes origem a um abcesso que se não for tratado poderá evoluir para granuloma e consequentemente quisto.

Prevenção das cáries dentárias

As cáries dentárias apenas podem ser interrompidas, por isso, a melhor forma de tratamento para uma cárie é a prevenção:

  • evitar alimentos com elevado teor de açúcar
  • higiene oral diária correcta.

Na grávida

É importante esclarecer que a gestante pode e deve ser acompanhada por um médico dentista durante a gravidez, para fazer uma espécie de “pré-natal” de medicina dentária, pois nesta fase as mulheres ficam mais propensas a desenvolver a “gengivite gravídica”, que é uma inflamação gengival exacerbada pelas flutuações hormonais. Além disso, é importante receber informações sobre a dieta, higiene dentária, importância da amamentação, e principalmente sobre a transmissibilidade da cárie. Assim a futura mamã terá muito mais recursos para proteger o seu bebé. E não se esqueça que nenhum tratamento dentário é tão prejudicial para o bebé quanto a dor. Portanto, caso sinta dor nos dentes, procure logo um médico dentista para resolver o problema.

No sénior

Os idosos possuem necessidades especiais e características próprias muito importantes para o tratamento dentário. Nesta fase da vida, os problemas mais comuns são os problemas periodontais (inflamação do osso e gengiva) sendo muito frequente a perda dos dentes após mobilidade acentuada; a perda dos dentes acarreta várias dificuldades para comer falar para se relacionarem socialmente, etc. É importante oferecer tratamentos em periodontia, próteses e implantes que possam ajudar os pacientes a terem melhor qualidade de vida, pois nessa fase é tão importante comer bem, conversar com os amigos e não ter vergonha de sorrir devido à falta de dentes; é crucial que o médico dentista possa oferecer soluções para os problemas dos idosos sem deixar de ter em consideração os problemas de saúde tão comuns nesta fase como a diabetes, a hipertensão e os problemas cardíacos.

Patologias mais frequentes no sénior

A população dos países desenvolvidos têm vindo a ver a sua esperança de vida a aumentar exponencialmente. Se tivermos em conta a população idosa, com mais de sessenta anos, verificamos que este é o segmento populacional que mais cresce em termos proporcionais. Portugal não é excepção e tem também vindo a tentar fazer alterações nas suas políticas de saúde, de forma a atender as necessidades desta população específica. Dado que um dos principais critérios utilizados para se identificar um idoso bem sucedido é pela manutenção da sua dentição natural, saudável e funcional, ao olharmos para a dentição da grande maioria dos portugueses com mais de sessenta anos os dados não são animadores.

Com mais de trinta e cinco por cento de desdentados totais, há algumas patologias consideradas frequentes nesta faixa da população. Um dos problemas mais comuns é a doença periodontal, mais severa na população idosa e que pode levar á degeneração das fibras periodontais ou até ao desaparecimento da camada de queratina gengival, o que a torna mais susceptível a traumas. Além disso com a idade a diminuição ou ausência de habilidade torna o idoso um alvo de acumulação de placa bacteriana, o que leva os poucos dentes remanescentes ao comprometimento por problemas periodontais. Segundo vários estudos a doença periodontal é a primeira responsável pela elevada taxa de mortalidade dentária nos adultos idosos, seguida da cárie dentária, que nos idosos surge mais frequentemente na sua forma radicular (cárie na raiz). O agravamento destas situações associa-se a uma deficiente higiene oral, ausência de cuidados médico dentário, falta de controle de algumas patologias sistémicas e, ainda, à presença de outros factores de risco, como o tabaco, stress e certos fármacos de utilização crónica ,que levam geralmente à perda dentária.

Outro problema comum entre os idosos é a xerostomia (diminuição da saliva) que surge devido às alterações da saliva nesta fase da vida, assumindo um papel relevante na maior susceptibilidade à cárie dentária. Há ainda que contar com o facto de muitos medicamentos terem enorme potencial para afectar a função da glândula salivar.